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Tratamento da dependência com ondas magnéticas

Cada vez mais a ciência vem comprovando a eficácia da terapia com magnetismo, também conhecida como magnetoterapia. Desde as descobertas do físico britânico Michael Faraday (1791-1867) cujo tornaram ponto de partida muitas outras tecnologias. Mesmo após 200 anos, os trabalhos do memorável físico britânico continua pautando novas pesquisas no âmbito acadêmico, sobretudo na medicina.

Uma aplicação recente é a estimulação magnética transcraniana, conhecida como EMT. É uma terapia não invasiva para o tratamento de diversas doenças no cérebro. Desenvolvido em 1985 pelo médico inglês Anthony Baker, na Universidadede Sheffield, faz uso de ondas magnéticas em áreas específicas do cérebro para mitigar males como depressão, alucinações auditivas e outras.

Em São Paulo, uma investigação pioneira do Instituto de Psiquiatria (IPq) que vem sendo realizada no Hospital das Clínicas de São Paulo, testou a EMT em dependentes de cocaína. A pesquisa teve ótimos resultados, conseguindo diminuir a fissura pela droga além de melhorar sintomas de depressão e ansiedade chegando a 80% dos voluntários, sendo que 60% deles diminuíram o consumo, segundo o psiquiatra Philip Leite Ribeiro em reportagem da Revista Saúde é Vital. Para se ter uma ideia dos ganhos, outros métodos conseguem diminuir o uso  da droga em até 25%. Realmente um grande feito e mais uma conquista para a terapia magnética.

A terapia ainda é restrita ao uso clínico no combate Á depressão e alucinações auditivas oriundas, normalmente, da esquizofrenia, contudo, mediante os diversos experimentos já realizados há um indicativo de que logo, o aparelho beneficiará também pessoas com problemas de enxaqueca, parkinson, zumbido, sequelas de AVC além de dores crônicas. Até mesmo distúrbios durante a infância tais como dislexia, autismo, hiperatividade pederão ser beneficiados pelo método.

Fonte: Texto adaptado da Revista Saúde É Vital nº363 de abril de 2013.